terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Deixem-me só


Gosto do escuro,
Pois nele posso reflectir,
Gritar ou chorar.

Procuro a minha mais profunda calma,
Mas a minha respiração é um descontrolo,
E o meu coração, um desassossego.

Escondo-me aqui ou alí,
Mas sempre a fugir,
E eu apenas quero estar só.

Por que insistem que fale?
Por que provocam a minha brutidade?
Qual a razão para todo este meu descontrolo?

Não quero falar,
Não quero usar a minha brutidade,
Nem quero descontrolar-me.

Eu apenas peço...
Que respeitem a minha vontade,
E que me deixem ter o meu espaço.

Por favor,
Não me sufoquem desta maneira,
Deixem-me respirar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ironia do destino

Bastam meias palavras,
Para tudo entender,
Mas nada saber.

Lágrimas e silêncios,
Sorrisos mudos,
Olhares breves.

Preciso de me encontrar,
Descobrir a minha vocação,
E procurar a luz da minha perfeição.

Aquelas conversas à beira mar…
Fortalecem a minha verdadeira essência,
E encorajam a voz do meu coração.

Frases construtivas,
Palavras fortificantes,
Realidades do destino.

Partilhamos o mesmo sentido de vida,
Mas com significados diferentes,
Por caminhos que ainda estão por desvendar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Momentos do passado



Olho para fotografias antigas,
E já nem sequer consigo imaginar esse tempo.

É demasiado difícil pensar no passado, estando no presente,
E reconstruir factos que não já não existem.

Hoje, dói ver fotografias, de momentos perfeitos,
E acreditar que eles existiram realmente.

Como posso saber que foi verdade?
Tenho apenas pequenas memórias.

O tempo mudou, completamente o meu caminho,
E o além das minhas expetativas.

Será que tinha mesmo de ser assim?
Uma vida perfeita e louca, ao mesmo tempo.

Sei que nada acontece por acaso,
E o que significa isso?

O patamar de exigência de vida, sobe,
E por que é que tem de ser tão complicado?

Tudo faz sentido,
E de um minuto para o outro, pode já não fazer.

Todas as nossas vidas se cruzam, por uma razão ou outra,
E tudo isso tem um significado, qual?



sábado, 5 de novembro de 2011

A voz do suspiro


Está de noite,
E uma noite fria e chuvosa.

     Consigo ouvir a chuva, lá fora,
E dou voltas e voltas, sem adormecer.

Foi um dia longo,
Foi um dia de emoções.

A tua voz, ficou aqui, na minha mente,
As tuas palavras, ficaram-me a martelar.

Os teus movimentos, parecem-me visões,
E os meus pensamentos parecem memórias.

Vai embora,
Vai por um suspiro.

Não desapareças,
Mas faz o meu coração saltar.

Não fiques longe,
Pois quero olhar-te olhos nos olhos.

Vai com o vento,
Como uma folha deste Outono.
 
Mas não fujas,
Não te escondas de mim.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A voz do silêncio


O vento soprou,
A janela fechou.

O silêncio se instalou,
E o meu coração suspirou.

Os meus sentimentos guerrearam,
Os meus pensamentos se misturaram.

Tenho de reescrever o passado,
Para construir o presente.

Tenho de descobrir segredos do passado,
E reinventar memórias perdidas.

O tempo voou,
O meu sonho acabou.

O silêncio se instalou,
E o drama começou.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Viajo em outros mundos


Experimentei abraçar uma árvore,
E sentir a paz que esta me deu.

Experimentei olhar para o céu,
E sentir a tranquilidade que este tem.

Experimentei deitar-me sob o vento,
E sentir a leveza que este me traz.

Viajo por mundos diferentes,
Viajo por mundos reais.

Faço viagens agradáveis,
Mas nunca absurdas.

Vejo luzes a brilharem como estrelas,
Sinto sensações inexplicáveis.

Ouço vozes…
A mente e o coração,
A mentirosa e a sincera.

Não preciso de procurar,
Para encontrar a minha essência.
 

domingo, 21 de agosto de 2011

Encontro-me assim...



Em tantos dias iguais,
Por vezes encontro-me assim,
Tão perdida,
Tão só,
Tão triste.

Sinto-me confusa comigo mesma,
Magoada com mundo,
Desiludida com os meus sentimentos,
Incompreendida por mim,
Sinto-me absolutamente irónica.

Tenho vontade de ir para a rua, gritar,
De voar em paraísos,
De brincar com as gotas de água da chuva,
De ouvir o silêncio,
E de chorar no peito de alguém, longínquo.

Sinto-me sufocada pelo meu próprio ar,
Sinto uma facada no coração,
Sinto algo que não consigo explicar,
É como se o vento levasse todas as palavras,
E apenas deixasse as emoções.

 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Fechada do luar


Esta noite vou ficar aqui,
Sentindo o vento, bater, nos meus cabelos,
Cantando a canção, com palavras de poeta,
Ouvindo as minhas lágrimas, chorando.

O que faço eu aqui, fechada da luz da lua?
As estrelas brilham, e o meu coração chora,
A lua sorri para mim, e eu ouço-me gritando,
Lá fora o mundo parece tão maravilhoso.

Então por que me sinto eu tão triste?
Eu estou sempre triste, por que eu sou triste,
Sou triste, por que não vejo a beleza do mundo lá fora,
Por que o mundo lá fora não entende a minha essência.

Tenho vontande de ir por essas ruas,
Que de ninguém, são,
Escuras mas belas,
E encontrar apenas o que procuro.

A minha definição,
O meu ser,
O meu "eu",
Encontrar apenas o que senpre fui.


Do silêncio à dor



De cabelos desalinhados,
De olhos fechados,
Com pensamentos em reflexão,
Escrevo na esccuridão.


De coração ferido,
Com palavras nos lábios,
De rosto pingado de lágrimas,
De cabeça deitada na almofada,
Espelho na minha mente as injustiças.


As minhas lágrimas sempre cairam sob a calada,
Os meus sentimentos sempre escondidos,
Ora entre o meu coração e o meu olhar,
As palavras silenciosas que nunca se ouviam,
As verdades que me magoavam.


Uma vida difícil,
Para a qual tive de "crescer",
Na qual ganhei,
Outras perdi.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O meu rosto


Estou cansada de caminhos do além,
De caminhos sem fim,
De caminhos difíceis.

O tempo passa,
E a dor que sinto até parece desaparecer,
Mas o meu rosto permanence igual.

o meu rosto, um sorriso está,
As tristezas ficam por detrás de tudo aquilo que sou,
Os meus esforços começam a desistir por si próprios.

O espelho reflete a imagem, que não quero ver,
Aquela imagem persiste em ficar na memória,
Persiste em ficar marcada na minha vida.

Talvez a palavra "desistência" seja ainda forte,
Enfrentar a vida sempre foi um grande objectivo, para mim,
Ultrapassar os contratempos, apenas é um obstáculo.

E agora?
As lágrimas caiem sob a almofada. 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Quem és? Quem sou?


Eu não sei o que és,
Eu não sei o que queres,
Eu não sei quem és.

Pensava conhecer-te,
Pensava amar-te eternamente.

Acreditei nas mais pequenas palavras,
No mais pequeno olhar,
No mais pequeno sorriso.

Eu não sei se as palavras esgotam,
Mas as minhas esgotaram,
Eu não sei se os sentimentos congelam,
Mas os meus congelaram.

Dói muito a decepção,
Os meus sentimentos acabaram,
É irónica a ilusão,
As minhas palavras quebraram.


Estou exausta,
A minha cabeça por dia, mil e mil voltas dá,
Já não consigo estar perto, sequer,
Não suporto mais isto.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O teu deserto gelado

Vivo no teu deserto gelado,
Vives no meu sentimento magoado,
Vivo no teu pensamento vingado,
Vives no meu coração atormentado.

Digo que a tua presença, já não me incomoda,
Mas estou a mentir,
A minha cabeça anda à roda,
E eu a resistir.

Já não te consigo perdoar,
Já não viajo nas tuas ilusões,
Já não te consigo adorar,
Já não esqueço as desilusões.

Não vivo do teu carinho,
Não vivo da tua dedicação,
Não sigo o teu caminho,
E sofro com a falta da tua consagração.

Já não tens oportunidades,
Os meus sentimentos por ti estão a desaparecer,
Pára com as maldades,
E não me deixes sofrer.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A complexidade do mundo


É muito mais do que palavras apagadas,
Sentimentos escondidos,
Memórias sombrias,
Pensamentos destruídos.

Ninguém disse que a vida iria ser fácil,
Basta olhar o mundo lá fora,
Ver as contraditórias do mundo afora,
Mas há gente que diz que a vida é difícil.

Passamos todo o tempo a tapar caminhos errados,
Outras vezes, também caminhos certos,
Mas a verdade é que não vemos o percurso que estamos a caminhar,
E quando olhamos para trás, já nada há para emendar.

O mundo torna-se complexo,
Tantas perguntas e tão poucos resultados,
Nos olhos do mundo ve-se a complexidade do reflexo,
O mundo esconde tantos factos.

A vida não deixa de ser difícil…
…Se a verdade for dita e explicada…
…Se a dor for compreendida…
Caminhar a vida, não é fácil.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A tua ausência

Esta dor não desaparece,

Estas feridas não saram,

Estas lágrimas não secam.

Sinto-te tão perto,

Mas tão distante,

E dói-me ainda mais por estares tão perto e tão distante de mim.

Talvez fosse mais fácil, se eu te tirasse do meu pensamento,

Mas a verdade, é que custa tirar-te do meu pensamento,

E do meu coração.

Tanto que aprendi contigo,

O meu tempo era dedicado a ti,

Compartilhei contigo, momentos que jamais esquecerei.

Agora, é tempo de deixar o passado ir,

Ver quem não víamos,

Amar quem não amávamos,

Viver o que não vivíamos,

Sorrir para quem não sorriamos.

Agora é tempo de sermos o que somos,

Agarrar as oportunidades, como se não houvesse o dia de amanha,

Concretizar os nossos sonhos e objectivos,

Sem medos ou vergonhas.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Já não sei



Já não sei...

Se é tristeza ou alegria,

Perda ou ausência,

Medo ou ilusão.

Já não consigo entender estes dias,

Estas palavras estão-me a deixar longe daquilo que sou,

O meu coração está fora do lugar,

E a bater demais.

Passo instantes e instantes a olhar para o que foi deixado,

Para o que foi construído e que foi esquecido,

Para o que foi pensado e não realizado,

E dói olhar para estas memórias com mágoa e saudade.

Foi bom, a distancia ter acontecido,

A aproximação, talvez,

Conversar, não sei,

Eu já não entendo o que se passa à minha volta.

A minha cabeça, está baralhada,

Os pensamentos, misturados,

Os sentimentos, trocados,

E o meu coração tenta fugir, para não sofrer.





domingo, 9 de janeiro de 2011

Um lugar que não será esquecido

Gosto de ti,

Simplesmente porque gosto,

És especial,

Mas tens os teus defeitos.

Grita se precisares,

Chora para aliviar,

Desabafa para te podermos ajudar,

Não te feches ao mundo, assim.

Gosto de ti, de todas as maneiras,

Com os teus defeitos ou não,

Com o teu feitio complexo,

Difícil de entender os teus movimentos,

Sentimentos ou palavras.

Gosto de ti,

Simplesmente porque gosto,

És especial,

E mereces um lugar no meu coração,

E esse lugar nunca será esquecido.

P.S: Este poema é dedicado à minha irmã.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Diz-me o que sou para ti

Já tanto que passei,

Já tanto que chorei,

Já tanto que sofri,

Tenho feridas no lugar do coração.

Achas que sou de ferro?

As minhas forças estão a desaparecer,

Achas que aguento tudo isto?

Estou a sofrer, estou a magoar os outros por tua culpa,

Quero-te sempre esquecer,

Tento enterrar o que sinto ou simplesmente apagar,

Mas já não dá,

É quase ou impossível de apagar,

Por estares constantemente a magoar-me.

Por todo o mal e pelo pouco bem,

Ainda há em mim um impulso,

Por tentar conseguir chegar mais além,

Por lutar, sem fim,

E sem limites.

Tu em mim, pouco significas,

Porque sei que para ti, pouco ou nada sou,

Tenho imensa pena que assim seja,

Pela minha indiferença com ‘esse alguém’.

Eu luto, eu luto,

Mas nunca obtenho resultados,

As tuas palavras são injustas,

De uma pessoa que já não é ninguém.

Gostava de entender essa tua frieza,

Por dentro e por fora,

Essa tua frieza tão gelada,

Que ate o coração te gela.

Quem és tu?

És ‘aquele’ que deixa os outros serem injustiçados,

És ‘aquele’ que gosta de abusar do sofrimento dos outros,

És uma pessoa triste,

Pela tua arrogância forte e feia.

Afinal o que são os outros para ti?

O que significam em ti?

E eu?

Tenho alguma importância em ti?